É sobre comer e principalmente sobre a comida. Sobre a relação que temos com ela na nossa rotina diária, na nossa mesa. A importância que é valorizar este ato, dar mais atenção a ele, ter tempo para tal e principalmente, tê-lo como direito. 

A ideia principal é materializar esse importante manifesto, de uma maneira didática e fazendo referência aos antigos jornais que se embalavam os alimentos em feiras, peixarias e outros, em um suporte que pudesse envolver, amadurecer, cuidar e proteger nossos alimentos.

“Para fazer do comer um ato político, é importante dedicar tempo a esse ato, equacionando o que fazemos com o tempo livre. Tempo para ir à feira, além do supermercado. Tempo para ir à loja de produtos naturais e orgânicos, à cooperativa de agricultores familiares. Dedicação para estimular a família a voltar para o fogão, para ensinar nossos filhos a cozinhar e a apreciar 
a culinária e os rituais da mesa. Tempo para fazer turismo rural; tempo para ensinar nossas crianças a respeitar o agricultor e a natureza; tempo para se encantar com uma árvore carregada de frutas e com um pé de manjericão; tempo para ensinar e conhecer de onde vêm as abóboras e as couves; tempo para lavar nossa salada, descascar nossas frutas. Encantamento para apreciar o cheiro do pão e do bolo saindo do forno e tempo para comer juntos com nossos afetos. Esse tempo converte-se em aproximação, em qualidade de vida, em satisfação, em saúde, em sociabilização, em segurança alimentar e nutricional. Não é tempo perdido.”​​​​​​​

Impresso em papel jornal, 4 págs., 30 × 15 cm

Projeto gráfico realizado para oficina 5 Exercícios Simples com Guilherme Falcão, 2021
Texto retirado de AZEVEDO, Elaine de. Comer: ato político. Piseagrama, Belo Horizonte, seção Extra!, 17 abr. 2019
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